Se você não mudar, morrerá - Spencer Johnson
Em um estudo recente, a Sociedade Americana de Engenheiros Civis atribuiu a infraestrutura norte americana a nota D+. Enquanto outro estudo alerta que os reparos na infraestrutura antiga do país podem custar mais de US $ 1 trilhão, ou 5% do produto interno bruto do país. É interessante analisar esses dados. Quando você considera o TCO (Total Cost of Ownership) de qualquer construção, a manutenção e operação é sempre maior do que a construção em si, pois se extende por um período muito mais longo. Dito isso, é importante salientar também que, ao realizar manutenção preventiva, o TCO pode ser reduzido. O custo associado a downtime é menor e o dos reparos também. Mas como realizar manutenção preventiva considerando a extensão das obras de infraestrutura?
Existem inúmeras tecnologias disponíveis, hoje, capazes de trabalhar, por nós, nesse sentido: sensores, drones, cameras... Recursos, são praticamente inesgotáveis, mas é importante que todos estejam conectados em uma base comum de dados, para que não só se realize uma manutenção adequada desses elementos, que é um dos (muitos) princípios das Smart Cities, mas também se tenha uma melhor visão das cidades, o que é habilitado pelo CIM (City Information Modeling). O CIM cria uma plataforma digital onde a cidade pode ser entendida a partir da experimentação e é possível simular cenários, brincando com os elementos da cidade.
Onde o BIM possibilita modelar um edifício, o CIM oferece a possibilidade de modelar todo um espaço urbano, integrando todas as informações que o compõem: estradas, redes urbanas (água, energia, telecomunicações , iluminação, saneamento, wifi), edifícios, plantas, gestão de águas pluviais, gestão de resíduos, mobiliário urbano…O que o torna extremamente valioso, pois permite uma excelente compreensão de um projeto urbano por sua visualização em seu contexto, o que também pode facilitar a compreensão e aceitabilidade dos projetos. Influenciando tanto em questões referentes a manutenção, quanto a aprovação de novos projetos. O Alexander Justi, em seu mestrado, está explorando esses, entre diversos outros benefícios que o CIM oferece a esfera pública.
Nesse episódio exploramos esses temas e alguns outros como Digital Twins e o Decreto BIM. Acabamos por responder a pergunta:
O que acontece, na verdade, é que o decreto determina a obrigatoriedade para órgãos públicos específicos. A iniciativa que busca tornar o BIM obrigatório, é a frente parlamentar do BIM, que está trabalhando para realizar uma alteração na lei 8666, sobre licitações.
O Alexander ainda compartilhou a sua história e indicou a leitura do livro: Quem mexeu no meu queijo? do autor Spencer Johnson.
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